Por Luan Gabellini *
O roteiro da pandemia de covid-19 é conhecido por quase todos os varejistas brasileiros. O avanço do novo coronavírus foi acompanhado por medidas de quarentena e isolamento social, o que obrigou a suspensão de atividades de grande parte das lojas físicas no país. Dessa forma, o e-commerce e os canais digitais tornaram-se fundamentais para quem desejava manter o percentual de vendas. A questão é que essa transformação digital forçada remodelou também a forma de gestão dessas empresas. Foi preciso incorporar novos conceitos e métodos para conseguir melhores resultados – algo que só a gestão multiplataforma vai conseguir proporcionar daqui para frente.
A pesquisa Panorama Vareio 2020, realizada pela plataforma de precificação Preço Certo, traz alguns dados relevantes para compreender o atual cenário de dúvidas e incertezas. Quase metade (48,4%) possuíam uma loja física, mas dois terços (66,8%) são pequenos empreendimentos, com até três colaboradores. Assim, é natural esperar dificuldades relacionadas à automação de gestão: 57,1% não utilizam sistemas empresariais (ERPs) e outros 54,5% não usam ferramentas automatizadas para gerir vendas. Em suma: na onda da digitalização, acabam realizando uma operação manual, como preencher planilhas sem fim.
Não houve preparo para esse movimento. De uma hora para outra, a digitalização deixou de ser desejo para se tornar realidade. Assim, esse varejista se vê começando no e-commerce, com operação ainda pequena, não conhece o segmento nem sabe como funciona. É preciso escolher os melhores canais, o modelo de negócio, o nicho em que vai atuar, os sistemas a serem utilizados, entre tantos elementos que dependem de sua decisão e aprovação. Todas essas funcionalidades precisam, portanto, estar centralizadas em uma única plataforma, permitindo que ele possa ter uma visão mais completa da gestão e garantindo mais agilidade na tomada de decisão.
Por muito tempo, contar com sistemas sob medida era a alternativa mais adequada nessas situações. Afinal, o fornecedor de tecnologia conseguia desenhar uma ferramenta adequada à realidade e aos objetivos do negócio. Mas o que fazer no atual cenário, quando não há definição clara das metas a serem seguidas tampouco do tamanho que se pretende alcançar? Para responder a essa pergunta que surgiu a proposta de uma gestão multiplataforma dentro do segmento de comércio eletrônico. Nesse modelo, em vez de uma solução personalizada, o lojista recebe diversas funcionalidades e pode utilizá-las conforme julgar necessário.
Em um primeiro momento, muitos questionam: será que preciso de tudo isso? É uma dúvida válida. Mas, quando falamos de e-commerce e canais digitais de vendas, não há receita de bolo – nem para um período normal, tampouco para um cheio de incertezas como o que vivemos atualmente. O segredo é apostar na velha e boa tática de tentativa e erro, mas com correção rápida para atingir o resultado esperado o quanto antes. Assim é possível saber o que essa solução multiplataforma tem a oferecer e como ela pode agregar em sua estratégia de venda. Tudo passa a ser centralizado lá: gestão, finanças, marketing, logística e tantos outros pontos essenciais à operação.
Adotar a gestão multiplataforma traz, portanto, a agilidade esperada para o e-commerce no cenário de pós-pandemia – com a expansão cada vez maior das lojas virtuais. Essa proposta centraliza a gestão em um único software e permite várias conexões com outros sistemas – até mesmo com a possibilidade de a equipe de TI de uma empresa criar o que ainda não existe, desenvolvendo soluções únicas para sua rotina dentro dessa plataforma. Só o varejista é capaz de saber e identificar o que é melhor para seu público. Com esse recurso, a tecnologia dá o suporte necessário, colocando tudo o que pode ser melhor para o negócio.
* Luan Gabellini é sócio-diretor da Betalabs, empresa especializada em tecnologia para e-commerce e clubes de assinatura
FONTE: VAREJO SA
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