Ministro da Economia se reuniu na noite de ontem com representantes do setor de comércio e serviços
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na noite de ontem (22), em reunião com representantes do setor de comércio e serviços, que o setor será compensado em outras etapas da Reforma Tributária.
O governo federal apresentou ao Congresso Nacional uma proposta de Reforma Tributária que propõe a unificação dos impostos federais PIS e Cofins, com uma alíquota geral de 12%, em um novo tributo, chamado de Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
A medida foi amplamente questionada pelo setor durante a reunião. O ministro da Economia pediu paciência aos empresários e que novas etapas de reformulação do sistema tributário serão apresentadas pelo governo, como por exemplo, a desoneração da folha de pagamentos.
Paulo Guedes afirmou que a proposta será um dos próximos passos do Governo e afirma que a desoneração da folha de pagamentos irá gerar empregos e reduzir outros impostos. “50 milhões de brasileiros são vítimas do imposto cruel sobre a folha”, disse o ministro.
Dessa forma, a alíquota de 12% da CBS (tributo proposta como resultado da unificação de Pis e Cofins) seria compensada pela desoneração da folha de pagamentos para o setor.
O ministro afirmou ainda que pretende criar um imposto sobre pagamentos e transações eletrônicas. Essa parte da reforma, entretanto, ainda não foi enviada pelo governo ao Congresso.
Guedes disse que irá trabalhar para que todas as fases da reforma tributária entrem em vigor simultaneamente. Ele quer aprovar a reforma no Congresso até o fim do ano.
“Precisamos ouvir a voz das mais de 15 milhões de empresas brasileiras e discutir com o Congresso Nacional. Vivemos por décadas um verdadeiro desaforo tributário, nós precisamos quebrar esse padrão, fugir de mais de 100 regimes especiais”, disse o ministro.
Para o presidente da CNDL, José César da Costa, é fundamental que a proposta do governo seja amplamente debatida pela comissão mista da Reforma Tributária, para que o texto seja aprimorado.
“O governo está aberto a ouvir nossas sugestões, a proposta na forma como foi apresentada está incompleta e não é sustentável. Vamos ter conversas com o ministro Paulo Guedes em prol do setor de comércio e serviços. Também estamos buscando entender o impacto sobre as micro e pequenas empresas”, afirmou Costa.
Fonte: CNDL
Foto: Ministério da Economia
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