Uma das datas mais importantes para o varejo no segundo semestre está chegando: a Black Friday – ou Best Friday como muitos passaram a se referir à data – que no Brasil passou a ser realizada não somente na última sexta-feira de novembro, mas durante todo o mês. Muitas marcas aproveitam os 30 dias para fazer promoções e dar descontos especiais. Outras focam seus esforços na semana da data.
Para fazer bonito na data e incrementar as vendas, uma das dicas é caprichar no planejamento prévio das ações. E dois canais de vendas ganham um espaço relevante: as lojas físicas e o live shopping, modalidade de venda virtual ao vivo que vem conquistando cada vez mais um número maior de consumidores que gostam de comprar na internet, mas priorizam um atendimento mais humanizado.
De acordo com Monique Lima, CEO da Mimo Live Sales, empresa que consolidou o live commerce na América Latina, a data é um “prato cheio” para o varejo explorar esse canal de vendas não somente para oferecer produtos com desconto — que é uma das principais buscas do consumidor na data — mas também reforçar seu relacionamento com ele. “Através do live shopping, a marca consegue atingir muitos consumidores em um mesmo momento. E é uma ótima oportunidade para estreitar o relacionamento com eles com interações ao vivo por meio do chat, esclarecimento de dúvidas, nos pedidos de provador, entre tantas outras possibilidades”.
Segundo projeção da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a Best Friday deve movimentar cerca de R$ 6 bilhões no e-commerce brasileiro neste ano, ambiente no qual o live commerce está inserido. Monique conta que essa é uma das datas mais buscadas pelas marcas para fazer lives. “As lives já entraram no calendário de grande parte do varejo, mas nessa data em específico percebemos que as marcas querem aproveitar o clima de antecipação das compras de Natal para fazer suas vendas e oferecer conteúdo de qualidade para os consumidores, que a cada dia mais querem experiências únicas”.
A força das ativações nas lojas físicas Outro canal de grande importância para o varejo durante a Best Friday são as lojas físicas. Camila Salek, CEO da Vimer Retail Experience e especialista em varejo, ressalta a importância de trabalhar ativações nesta data. “As lojas físicas são o coração que conecta marcas e consumidores. Um ponto de contato fundamental a ser ativado e estrategicamente preparado para a atração e engajamento do consumidor durante uma das principais sazonalidades do semestre”.
Em relação à experiência, que deve estar no centro das ativações, Camila destaca que, apesar da tecnologia estar cada vez mais presente na vida das pessoas, nem sempre é preciso aliar uma à outra. “A tecnologia é uma excelente e cada vez mais acessível aliada para o varejo, inclusive no que diz sobre captura de dados também de lojas físicas para geração de insights. O live shopping é um ótimo exemplo e temos vários caminhos para trabalhar este formato expandindo as experiências do varejo. Mas vale lembrar quando falamos de aplicação do mindset digital, podemos entender que ativações interativas dentro de lojas não dependem exclusivamente de investimentos em tecnologia”.
Pensar em serviços pode ser o pontapé inicial para criá-la, segundo a especialista. “Eles podem aparecer na jornada do consumidor de diversas formas para valorizar a experiência. A omnicanalidade também deve ser levada em conta, com facilidades logísticas, assim como ofertas complementares. Não deixe de pensar que o atendimento também é um serviço”.
Ter equipes bem treinadas também ajuda a garantir o sucesso da data. “A loja precisa dar ferramentas para trabalhar em campo, exercendo a escuta ativa, a empatia, oferecendo um atendimento personalizado para construir o relacionamento com o consumidor. A equipe de vendas é gente cuidando de gente”.
Outro ponto favorável para essa data é a realização da Copa do Mundo com data bem próxima à Best Friday e o mercado está animado para o bom desempenho do setor neste ano. A Associação Brasileira do Varejo (ABV) prevê que o setor feche o segundo semestre com alta de 12% nas vendas, ante o mesmo período de 2021.
“Pela primeira vez vamos ter a Copa do Mundo somando com as sazonalidades quentes do final do ano no varejo. É um contexto bastante oportuno para aproximar o engajamento do consumidor com bons benefícios. Explorar os diferentes formatos e narrativas de ativações envolvendo o live commerce pode ser uma excelente estratégia”, finaliza a especialista.
FONTE: VAREJO SA
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