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O fiel da balança na abertura do comércio


Desde março, dois temas dominam a pauta política e econômica do país: a necessidade do isolamento social como medida de contenção do novo coronavírus, e a reabertura do comércio, que garante emprego e renda a milhões de brasileiros. Em todos os debates, ou embates, esses temas aprecem como conflitantes e excludentes. Com passar dos dias, semanas e meses, fica claro que esse impasse não tem sido interessante para ninguém. De fato, o distanciamento social é a forma segura para se evitar a propagação da COVID-19. Boa parte dos estados brasileiros que agiram rapidamente logo no início dos primeiros casos no país, veem agora uma situação mais controlada da doença. Há que se verificar, no entanto, as diferentes características sociais e econômicas do Brasil. São muitas as variáveis que vão influenciar a ampliação do isolamento ou a decisão de reabertura do comércio nos diversos municípios do país: hábitos da população, adesão às medidas de contenção e adoção implacável de máscaras e higiene das mãos, são apenas algumas delas. Em meio a todos esses fatores, o setor de comércio e serviços tem grandes responsabilidades. A principal delas está na construção de um novo modelo de convivência, uma nova forma de nos relacionarmos e de consumirmos. Seja no atendimento das lojas, no respeito do distanciamento mínimo entre as pessoas, na higiene dos depósitos e caixas e, até mesmo, na forma como os provadores serão utilizados daqui para frente. Essa nova forma de comprar e vender será construída pelos empresários e pela população, que também tem papel fundamental no processo de mudança dos seus hábitos. Até que isso se torne realidade, a abertura do comércio jamais deve ser condicionada apenas à necessidade, ainda que compreensível, do empresário em manter seus negócios. Ela deve ser pautada, antes de mais nada, em evidências científicas e respeito às particularidades de cada localidade, seguindo protocolos regionalizados, sempre respeitando as diretrizes da OMS e do Ministério da Saúde. Para que essa equação que envolve comércio, ciência, saúde e necessidades econômicas logre algum êxito, é urgente que o alinhamento dos Poderes junto aos governadores e prefeitos seja realizado com rapidez, responsabilidade e segurança para todos. José César da Costa José César é empresário do ramo de construção civil e materiais de construção há 38 anos e formado em Administração. Foi presidente da FCDL-MG no período de 2007 a 2013. Atuou ainda como vice-presidente do Conselho Deliberativo do SPC Brasil. É presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) desde 2017. FONTE: FCDL MG

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