Apesar de se mostrar um setor estável, tendo fechado o ano de 2019 com crescimento de 22,7% no país, faturando R$ 75,1 bilhões, em relação a 2018 – segundo o relatório NeoTrust -, o e-commerce não era uma realidade para 95,6% das empresas mineiras até a chegada do novo coronavírus, de acordo com pesquisa realizada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG), entre os meses de março e abril.
Em levantamento feito pelo economista da entidade, Vinícius Carlos, apesar de 85% dos empresários usarem meios digitais para divulgar o seu trabalho, apenas 4,4% dos comerciantes mineiros possuía, até o momento da pesquisa, uma loja virtual, podendo ser este um dos principais fatores agravantes da crise para o setor, que apenas nos primeiros 20 dias de isolamento já havia deixado de arrecadar R$ 9,2 bilhões, o equivalente a uma perda de R$ 462,7 milhões por dia .
Além disso, mesmo com a chegada do vírus ao estado e o fechamento do comércio, apenas 32% dos lojistas implementaram em seus comércios o serviço de delivery, outra ferramenta que tem se mostrado bastante eficaz na diminuição dos impactos causados pelo Covid-19.
Outro dado alarmante apontado pela pesquisa é a falta de planejamento das empresas. Apenas 63% delas estavam preparadas para uma crise de tamanha magnitude. Por outro lado, 4% esperar um aumento no faturamento de cerca de 15%.
“Nesse caso, as empresas reinventaram-se, utilizando-se de novas ações para sobreviver a um cenário adverso, tais como: entregas via Delivery, utilização das redes sociais para girar o seu negócio, investimentos em marketing, adaptação a vídeo conferências e novas tecnologias de envio de documentos, catálogos virtuais por meio de Whatsapp, dentre outras postagens. Tudo isso, aliado a um bom preço, atendimento diferenciado e o serviço ágil de entrega com muita qualidade” avaliou o economista Vinícius Carlos.
Ele ainda destacou como as empresas devem agir para superar o momento de crise. “As empresas não podem ficar esperando a pandemia se resolver somente na esfera da saúde, da política e da economia. Elas têm que fazer valer sua principal capacidade que as mantem viva em qualquer cenário: a capacidade de reinventar-se. Veja como exemplo os 4% que estão esperando ter um aumento de seu faturamento. Esses utilizaram-se de outros canais e de outras formas de vendas para não parecer o seu negócio. Quantas vezes somos obrigados a mudar? Quantas vezes o tradicionalismo nos leva a parar e repensar se estamos certos? Agora é hora de termos a atitude e fazer diferente. O cenário não está com restrições econômicas, ele está com restrições em outras instâncias. Cabe aos empresários aproveitarem cada nuance destas medidas para que quando sairmos dessa crise, estejamos melhores, com as finanças organizadas, o negócio reestruturado e as expectativas ainda maiores”, destacou.
FONTE: FCDL MG
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