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As lições das startups que cresceram durante a pandemia



Recentemente o Distrito divulgou os dados do seu mais recente estudo, Inside Venture Capital, que conclui que o primeiro semestre de 2021 foi bastante positivo para as startups brasileiras. O volume aportado no primeiro semestre ultrapassou em 45% do total de todo o ano passado e, até o mês de julho, foram investidos US$ 5,2 bilhões no setor.



Os dados evidenciam o crescimento marcante em todo o ecossistema, mesmo em um cenário de crise econômica e pandemia. Vamos conhecer algumas dessas empresas:



EEmovel


A EEmovel é uma plataforma de captação de imóveis e inteligência imobiliária. Os serviços oferecidos vão desde a captação de imóveis, análise de mercado, avaliação de produtos, prospecção de áreas, diagnósticos de mercado, estratégia de precificação, parecer de avaliação digital (valuation), até rating de produtos e regiões e análise de liquidez.



A startup, que aumentou sua equipe em 50% no último ano, percebeu uma demanda que antes era muito pouco atendida, a de avaliação remota de imóveis. “Conseguimos atingir esse público que tem alta procura, empresas de franquias e também grandes redes, que frequentemente buscam imóveis para expandir seus negócios”, explica Jacir Junior, sócio fundador da EEmovel.



Junior também salienta que houve uma mudança na dinâmica dos imóveis adquiridos, já que antes, a maior procura eram espaços pequenos, como lofts por exemplo. Mas, com o aumento do modelo de trabalho remoto, as pessoas começaram a buscar imóveis com áreas maiores, com quintal, principalmente nas grandes cidades.



“Toda adversidade gera novas oportunidades, e o mercado age muito rápido para mitigar perdas ou até mesmo para crescer. O diferencial foi prestar atenção nessas movimentações externas identificando onde poderíamos fortalecer nossos produtos, suprindo novas necessidades do mercado”, comenta o sócio fundador.



Ativy


A Ativy, um ecossistema de tecnologia que provê soluções integradas em nuvem, atingiu apenas neste primeiro semestre do ano 80% de crescimento em relação ao ano passado, quando cresceu 137%. Segundo Tiago Garbim, CEO do ecossistema Ativy, a aceleração de vendas e abertura de novos mercados internacionais, além da composição de produto do ecossistema, foram os ingredientes essenciais para esse crescimento.



“A pandemia também foi outro impulsionador do nosso crescimento, já que o trabalho remoto e o distanciamento social forçaram as empresas a se digitalizarem e terem seus dados disponíveis para acesso de qualquer lugar e de forma segura. Nós tínhamos pronto tudo o que estes negócios precisavam”, afirma o CEO.



Como resultado desse crescimento, a startup tem expandido seu ecossistema, que já conta com sete empresas e deverá ter até o fim deste ano o lançamento de mais cinco startups independentes, para atender mais de 20 mil usuários em mais de dez países.



RankMyApp


A RankMyApp, especialista em inteligência de marketing e aquisição para mobile apps, aumentou em 27% a renda vinda do exterior em 2021, se comparado ao mesmo período do ano passado.



Em 2020, essa porcentagem foi de 15%, demonstrando um aumento de 84% da receita internacional. A empresa, que tem clientes como Aliexpress, Méliuz, Itaú e Magazine Luiza, oferece produtos e serviços para trazer resultados por meio de estratégias de mobile marketing, como o melhor ranqueamento nas lojas virtuais.



“Esse crescimento está diretamente relacionado com a ampliação do mercado digital na América Latina, juntamente com um maior investimento da RankMyApp em vendas em países como México, Colômbia, Chile e Argentina”, comenta o CEO da empresa, Leandro Scalise.



FortBrasil


A fintech FortBrasil é uma empresa nordestina que se consolidou como especialista na administração de cartões private label e co-branded, mantendo parceria com mais de 350 varejistas e ganhou espaço no mercado das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.



No primeiro semestre deste ano, a fintech apresentou um crescimento de 81% comparado ao mesmo semestre de 2020, e o número de clientes adquiridos também progrediu, sendo nesse período cerca de 151 mil parceiros. Além disso, o número de receita adquirida pela fintech também aumentou em 31%.



“O primeiro fator que fez com que o crescimento fosse de 81% foi o fator pandemia, ou seja, a base de comparação foi fraca em relação ao mesmo período de 2020, principalmente no segundo trimestre que tivemos uma queda de consumo porque as lojas fecharam, além do breve momento de fechamento de lojas em março de 2021”, diz José Neto, co-fundador e diretor comercial da FortBrasil.



“O segundo fator foi que, durante esse período de pandemia, nós transformamos boa parte da base de clientes que tinham cartões private label puro ou FortBrasil para clientes com cartões bandeira Mastercard. A migração de produto fez com que o gasto médio mensal de clientes ativos aumentasse em torno de 50%. Então o produto com mais opções de compras, seja no mundo físico quanto online, fez com que esse cliente consumisse mais. E o último fator foi o aumento do fluxo de novos clientes solicitando crédito, tanto de varejos parceiros que reabriram como pela conquista de novos parceiros”, completa o CEO.



Para José Neto, a expectativa é terminar o ano com resultados ainda mais promissores. “Com a evolução da vacinação dos brasileiros e a volta definitiva dos comércios, acreditamos em um segundo semestre e fim de ano muito positivo. Além disso, a nossa expertise em oferecer crédito para a população, especialmente das classes C e D, deve impulsionar nosso 2021 como um dos destaques na nossa trajetória”, projeta o executivo.



Smartick


A espanhola Smartick é um método de aprendizagem de matemática para crianças que incorpora a inteligência artificial em sua plataforma para desenvolver a aprendizagem de forma individual e independente.



A startup expandiu as suas operações para o Brasil e, mesmo com as adversidades da pandemia, já recebeu cerca de 1 milhão de euros em investimentos. Também conta com mais de 10 mil crianças brasileiras já cadastradas na plataforma e fechou o ano de 2020 com um faturamento de 11 milhões de euros.



“Percebemos um crescimento desde o início da pandemia, acentuado com o fechamento das escolas. Neste período, a Smartick triplicou o número de alunos no método, sendo o maior aplicativo educacional com downloads na américa latina, junto com Google Classroom e Duolingo”, diz Javier Arroyo, co-fundador da empresa.



CleverTap


A norte-americana CleverTap, plataforma SaaS omnichannel para engajamento e retenção de usuários de aplicativos mobile, anunciou o início das suas operações no Brasil em junho de 2020.



Responsável pelas estratégias de mobile marketing de mais de 10 mil marcas globais, como Disney, Discovery, Sony, Vodafone, HotStar e Domino’s, a empresa já opera em mais de 100 países, e traz como justificativa de expansão para o território nacional a falta de inovação no setor. “O player local, atualmente, não está no mesmo nível dos players internacionais. O setor precisa de inovação e agora trazemos essa experiência de impacto global para o mercado brasileiro”, completa Luiz Lima, sales manager e porta-voz da CleverTap Brasil.



A empresa cresceu 50% globalmente em termos de produtividade durante o período de pandemia, a começar pelo ano de 2020. Além disso, a companhia também almeja chegar a mais de 50 contratos assinados no Brasil até o final do ano e já levantou mais de 80 milhões de dólares em financiamento que impulsionaram a sua expansão.



Xerpay


Criado em 2019, o Xerpay é um plano de saúde financeira que oferece aos colaboradores mais organização, controle e economia sobre seu salário. O aplicativo oferece soluções como salário sob demanda, adiantamento de 13º e comissões, pagamentos de boletos e orientação financeira, para que os usuários não precisem recorrer a juros de cheque especial, empréstimos ou rotativo do cartão de crédito, além de evitar a inadimplência.



Em comparação ao primeiro semestre de 2020, o Xerpay teve um crescimento de 180% nos usuários do aplicativo e um número de saques pelos usuários quase 4 vezes maior, entre os meses de janeiro e junho de 2021.



“Estamos vendo um aumento na demanda por parte de empresas que buscam alternativas para melhorar seu fluxo de caixa, assim como empresas que precisam continuar funcionando e querem dar uma segurança adicional a seus colaboradores”, esclarece Gustavo Molina, CRO da Xerpay.



FONTE: Varejo SA

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