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Foto do escritorComunicação ACE Itaúna

O coworking 3.0 vem aí como resposta à crise


Especialista diz que o momento é ruim para as empresas que compartilham os espaços físicos, mas que a escalada ao pico começa no segundo semestre. Como o home office e o distanciamento social se tornaram uma política corporativa padrão para a maior parte do mundo ocidental, a ideia de espaço de escritório compartilhado começa a ficar cada vez mais no passado. O Twitter já deu o sinal: a pandemia do coronavírus vai passar, mas não o home office para os seus funcionários, que agora têm no trabalho de casa uma condição permanente. Não é para menos. A condição de isolamento social bateu em cheio em todo negócio cuja ideia central passa pelo compartilhamento de espaços e equipamentos. É o caso dos coworkings, empreendimentos que se baseia justamente na divisão de ambientes e recursos de escritório, e cujo atrativo está justamente na troca e circulação de pessoas e empresas. A WeWork, uma das maiores operadoras desse tipo de negócio, com 739 locais e cerca de 662 mil membros em todo o mundo, já começa a enfrentar dificuldades com a debandada maciça de autônomos e trabalhadores que estão evitando os ambientes fechados. No Brasil, os coworkings ganharam terreno nos últimos anos com a retração da economia e a explosão de trabalhadores autônomos. As primeiras empresas surgiram em 2010, mas só se popularizaram de verdade a partir de 2015. Segundo dados recentes do Censo Coworking, o número de espaços compartilhados no Brasil cresceu mais de 500% nos últimos quatro anos, saltando de 238 (2015) para 1.497 (2019), marcando presença em 26 estados. Até o início do ano, a projeção de crescimento era bastante positiva, porém após os anúncios de quarentena, muitos coworkings perderam clientes, estão sem fluxo de caixa e tendem a fechar até julho, caso a economia não volte ao normal ou apresente uma margem de expectativa positiva. Se para alguns empresários desse ramo o cenário é de pessimismo, para outros o futuro acena com boas perspectivas com o que alguns já chamam da “terceira onda do Coworking”. Para esses, a crise da Covid-19 catalisou mudanças que já estavam em um horizonte um pouco mais distante. De acordo com Bruna Lofego, especialista em coworking e idealizadora do curso “Como montar um coworking de sucesso”, a tal “terceira onda” chega de forma prematura. “Já aguardávamos essa mudança, mas não para este ano, onde 1/3 das empresas tendem a desaparecer, encerrando suas atividades ou se unindo a outras marcas com maior liquidez de seus ativos”, explica. “Acredita-se que, a partir do segundo semestre deste ano, a curva de crescimento incline-se para a direção otimista, alcançando o seu pico no final deste ano”, explica Bruna. “Porém, isso servirá apenas para as marcas sobreviventes, garantindo um caminho mais fácil para conseguir novos clientes por conta da diminuição significativa de concorrentes”. Segundo Bruna, um ponto a se considerar é a necessidade de mudança, pois, para a especialista, aquelas que estiverem abertas e se adaptarem às necessidades do mercado, a tendência será de crescimento. A adaptação passa por um modelo de negócio já apelidado de coworking 3.0, marcado pela redução do tamanho das baias, o investimento em escritórios virtuais e o fim dos networkings. Confira abaixo, os pontos essenciais que devem marcar a Era do Coworking 3.0: Redução das baias Mesmo que sejam consideradas “fora de moda” e representem apenas 10% dos espaços compartilhados, ainda há quem insista em investir neste tipo de opção dentro dos coworkings. De acordo com Bruna Lofego, o distanciamento social deve ser implementado também após a quarentena dentro dos espaços. “Os empresários devem entender que aglomeração demais por metro quadrado não deve mais ocorrer, assim priorizando salas individuais para comportar uma equipe, prezando pela privacidade e respeitando regras de distanciamento”, explica. Investimento em Escritórios Virtuais Durante a quarentena, a contratação de escritórios virtuais cresceu de forma significante, por conta da demanda de empresas que tiveram que adotar o home office, mas que necessitam de alguém para atender ligações, receber correspondências e encomendas. Para a especialista, mesmo sendo essencial após a crise, o serviço deverá sofrer adaptações por ser considerado commodities para o setor. “Sem dúvida, muitos coworkings devem ampliar o serviço para atender a demanda, mas fica a dúvida em como encontrar o diferencial. Além de investimento em centrais telefônicas, internet com velocidade e capacitação de colaborador, os espaços compartilhados deverão incluir outros serviços para atrair o cliente”, projeta Bruna. Fim do networking Enquanto nos últimos anos, o networking era um dos principais motivos para justificar a ida de empresas para coworking, um novo conceito é fortalecido após a pandemia: associação entre empresas dentro do coworking. A prática, que já existe em alguns lugares, tende a aumentar nos próximos meses, em que empresas passam a ajudar outras empresas que fazem parte do mesmo escritório compartilhado, como se fossem sócias. Segundo a especialista, o estímulo deve partir do próprio gestor do coworking, agregando empresas ao seu modelo de negócio. “A partir do momento que economia colaborativa for alavancada dentro deste ecossistema, a margem de lucro de uma empresa tende a escalar de uma forma que todos se beneficiem”, conclui. FONTE: FCDL MG

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