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Foto do escritorComunicação ACE Itaúna

O desenvolvimento do Brasil passa pelo empoderamento das mulheres



Empoderar mulheres e promover a equidade de gênero são ações essenciais para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do país, o impulsionamento dos negócios e a melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo, de acordo com a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres).


Isso porque, no Brasil, elas representam 51% da população brasileira, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) para 2020. Além disso, o IBGE estima que quase metade das casas brasileiras são chefiadas por mulheres (cerca de 34 milhões).


Apesar de tamanha responsabilidade, muitas mulheres vivem em situação de vulnerabilidade. Na pandemia, por exemplo, negros e mulheres chefes de família foram os mais afetados. O levantamento do Instituto Pólis mostra que a população negra e de famílias chefiadas por mulheres com renda de até três salários-mínimos é maioria nas regiões do município de São Paulo onde mais ocorreram mortes em decorrência da covid-19. Estes grupos também foram os mais afetados por despejos ou ameaças de remoção neste período. O estudo foi divulgado esta semana.


Ações e programas de proteção e promoção da mulher brasileira geram, desta forma, um ciclo virtuoso com impactos significativos para a superação dos entraves socioeconômicos e até a melhoria do ambiente de negócios brasileiro.


As empresas devem fazer a sua parte


E as empresas têm um papel importante na promoção da equidade de gênero, no fortalecimento do empreendedorismo feminino e no estímulo à liderança feminina. Não é coincidência que a ONU Mulheres e o Pacto Global das Nações Unidas criaram os 7 Princípios de Empoderamento das Mulheres, que ajudam a comunidade empresarial a incorporar em seus negócios valores e práticas que visem ao empoderamento de mulheres.

Princípios de Empoderamento das Mulheres

1 - Estabelecer uma liderança corporativa de alto nível para a igualdade entre gêneros;

2 – Tratar todos os homens e mulheres de forma justa no trabalho – respeitar e apoiar os direitos humanos e a não discriminação;

3 – Assegurar a saúde, a segurança e o bem-estar de todos os trabalhadores e trabalhadoras;

4 – Promover a educação, a formação e o desenvolvimento profissional para as mulheres;

5 – Implementar o desenvolvimento empresarial e as práticas da cadeia de abastecimento e de marketing que empoderem as mulheres;

6 – Promover a igualdade através de iniciativas comunitárias e de defesa;

7 – Medir e publicar relatórios dos progressos para alcançar a igualdade entre gêneros.

A PepsiCo Brasil, por exemplo, tem diversas iniciativas para fortalecer lideranças femininas dentro do seu ambiente corporativo. Por meio do programa ‘Elas por Elas’, a empresa promove encontros entre as líderes para a troca de conhecimento e experiências; e o ‘Inspira’ leva as mulheres em cargos sêniores para participar de treinamento intensivo na sede global da companhia, nos Estados Unidos.

“Acreditamos na diversidade como um diferencial competitivo e que somos agentes transformadores dentro e fora da PepsiCo”, disse a diretora de RH Glaucia Nogueira para a revista Nós. “No Brasil, 44% dos cargos de liderança na empresa são ocupados por mulheres, e o objetivo é chegar a 50% até 2025”, acrescenta.


A empresa de bebidas oferece também o programa ‘Doce Começo’, que conta com licença maternidade de seis meses, acompanhamento especializado dessas mulheres em todas as fases da gravidez e o apoio para mãe e recém-nascido. As colaboradoras e os colaboradores têm flexibilidade de horário para buscar os filhos na escola e levar em consultas médicas e amamentar – inclusive, o escritório central conta com a ‘Sala da Mamãe’ para a extração de leite materno.


A PepsiCo ainda conta com ações que beneficiam as mulheres das cidades onde a atua. É o caso do programa Mulheres com Propósito, por meio do qual a fabricante de bebidas oferece cursos gratuitos de empreendedorismo para mulheres de comunidades, a fim de que conquistem o seu próprio negócio e a independência financeira. Até 2025, o programa deve beneficiar duas mil mulheres no Brasil.


Investindo nas empreendedoras


O Instituto Lojas Renner, braço social da companhia de moda e beleza, e a ONU Mulheres assinaram, em 2016, um acordo para promover a igualdade de gênero em toda a cadeia de valor da rede varejista, incluindo colaboradores, fornecedores e a sociedade em geral. Nomeado de Empodera, o projeto distribuiu mais de R$ 1 milhão para apoiar 15 iniciativas de grupos produtivos voltadas para a igualdade de gênero e a geração de renda.


Segundo a Renner, com o projeto, mais de mil mulheres foram beneficiadas. Entre os negócios apoiados, destaque para a cooperativa Justa Trama, organização que conta com a participação de mais de 500 pessoas em todo o Brasil, que são cooperadas e/ou associadas à cadeia ecológica do algodão solidário.


Em 2020, a Renner destinou 5% de seu faturamento líquido a projetos que atuam na promoção do empoderamento econômico e social das mulheres na cadeia do varejo têxtil. A iniciativa integrou o conjunto de ações do movimento Todas Avançam Juntas, por meio do qual os clientes fazem doações para o instituto. Em 2019, a ação arrecadou R$ 2,8 milhões para investir em projetos como o Empoderando Refugiadas, que já qualificou profissionalmente 300 mulheres em situação de refúgio no Brasil, buscando contribuir para sua inserção no mercado de trabalho.


Oportunidade de renda


O ecossistema Olist, que desenvolve tecnologia para o varejo, também se preocupa com a equidade de gênero no ambiente corporativo e o empoderamento das suas colaboradoras, e tem tomado medidas simples, neste sentido, com resultados surpreendentes. Um exemplo é o programa Parceiros Olist, que no mês das mulheres deste ano teve seu foco, especialmente, voltado para elas.


“O Parceiros Olist é destinado tanto para mulheres quanto para os homens, porém, neste mês de março, buscamos atrair mais mulheres para empoderá-las e criar mais oportunidades para elas no mercado de trabalho”, conta Aline Alves, partner sales manager do Olist.


Hoje, a aquisição de novos clientes do ecossistema ainda é muito focada no online. Para alcançar o público menos conectado, a empresa resolveu ir às ruas, fornecendo um novo produto e uma nova fonte de renda para quem conhece como ninguém seu bairro e sua cidade e sabe quais empreendedores e empreendedoras mais se beneficiam dos produtos e serviços do grupo.


“Por meio da parceria, as mulheres que já trabalham com vendas – e muitas vezes, já têm uma carteira de clientes ou uma rede de influência bem estabelecida – conseguem se destacar. Nós fornecemos todo o treinamento sobre produto e mercado e as acompanhamos semanalmente, através de ligações ou videochamadas, montando planos de ação para garantir uma jornada de sucesso”, explica a coordenadora de vendas.


O programa começou há pouco mais de seis meses e as parceiras precisam se cadastrar no site do Olist e ter um CNPJ ativo. Não é preciso ter experiência prévia para começar.


“O nosso objetivo é capacitar e empoderar mulheres numa nova trajetória de desenvolvimento profissional, ao mesmo tempo que atingimos novos públicos para o ecossistema Olist”, diz Aline Alves.


Após o cadastro, a equipe do Olist entra em contato com a empreendedora e fecha um contrato, já dando acesso ao treinamento. Capacitadas, as parceiras podem prospectar clientes de porta em porta, nas redes sociais, participando de eventos, entre outros. Elas também têm acesso a cupom de desconto exclusivo, para cadastrar seus clientes, e recebem um percentual do valor pago por eles durante 12 meses.


FONTE: Varejo SA

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